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História

Dez Mitos Sobre Israel

Neste livro, o historiador israelense Ilan Pappe desafia a narrativa mainstream sobre as origens e a identidade contemporânea do Estado de Israel. Os “dez mitos” que Pappe explora ― repetidos interminavelmente na mídia e aceitos sem questionamento pela maioria dos governos do mundo ― reforçam o status quo regional. Pappe se opõe, por exemplo, à afirmação de que a Palestina era uma terra vazia antes da ocupação israelense, reescrevendo a história da formação do sionismo e seu papel nas primeiras décadas da construção do Estado de Israel. Ele analisa também os mitos em torno dos motivos do fracasso dos Acordos de paz de Camp Davis e das razões oficiais dos ataques a Gaza. Finalmente, Pappe explica por que a solução de dois estados não é mais viável.
Dez mitos sobre Israel é um livro fundamental para a compreensão do que realmente está por trás do tão falado, e pouco conhecido no Brasil, “conflito” Israel-Palestina.

Lawrence da Arábia

Um jovem em busca de aventuras em meio a tribos nômades do Oriente Médio em plena Primeira Guerra Mundial? Um estrategista e gênio militar à frente de seu tempo? Enaltecido pelos admiradores por suas virtudes, rotulado por seus detratores como impostor que sustentava uma "farsa imperialista" e eternizado por Hollywood como herói, o verdadeiro Thomas Edward Lawrence - o lendário "Lawrence da Arábia" - é retratado pelo especialista na área militar Alessandro Visacro. Nesta biografia de um dos mais conhecidos guerreiros de nosso tempo, o leitor descobre como Lawrence - que não foi o primeiro, nem o único militar a servir junto às forças árabes rebeldes da época, tampouco o oficial de mais alta patente a assistir os líderes da sublevação - tornou-se um destacado e influente assessor militar dos mais importantes chefes árabes. Enriquecida de imagens históricas e mapas ilustrativos, a obra revela aos leitores o militar por trás da lenda, o estrategista por trás do herói.

Palestina

Marco na história das narrativas gráficas, Palestina, de Joe Sacco, é o livro que redefiniu as bases do gênero “jornalismo em quadrinhos”. Publicado originalmente em nove gibis, entre 1993 e 1995, a HQ ganhou uma edição completa em 1996, e ganhou alguns dos mais importantes prêmios tanto dos quadrinhos quanto do mundo literário, como o American Book Award. É já um clássico e está entre as principais histórias em quadrinhos dos últimos 50 anos.

O livro é fruto de uma extensa pesquisa e mais de 100 entrevistas com palestinos e judeus, realizadas no início dos anos 1990, durante diversas visitas à região da Faixa de Gaza e Cisjordânia. Com uma narrativa dinâmica e um talento para reproduzir os diálogos, Sacco apresenta um testemunho humano comovente, mas também um panorama histórico do conflito que continua fazendo inúmeras vítimas.
Esta edição reúne todos os volumes da obra, o prefácio original do crítico literário Edward Said e textos do jornalista José Arbex Jr., além de fotos, desenhos e comentários de Joe Sacco a respeito da produção.

Compreender Al-Fárábí e Avicena

Esta obra pretende introduzir o leitor estudioso e pesquisador na filosofia destes dois filósofos, através de seus principais escritos. Eles representam o contexto filosófico da civilização árabe por excelência, não no sentido conceitual da filosofia grega, mas como ciência da interpretação e prática da hermenêutica no ambiente religioso islâmico.

O Roubo da História

Se o Ocidente tivesse levado a sério Jack Goody, teria entendido melhor o desenvolvimento supostamente inexplicável da China, assim como o surgimento dos "tigres asiáticos" e do próprio "milagre japonês". O mundo não se resume à Europa e aos países de colonização europeia. Óbvio? Talvez. Mas o fato é que nunca houve um livro como O roubo da história. Nesta obra, o autor critica aquilo que considera um viés ocidentalizado e etnocêntrico, difundido pela historiografia ocidental, e o consequente “roubo”, perpetrado pelo Ocidente, das conquistas das outras culturas. Goody não discute apenas invenções como pólvora, bússola, papel ou macarrão, mas também valores como democracia, capitalismo, individualismo e até amor. Para ele, nós, ocidentais, nos apropriamos de tudo, sem nenhum pudor. Sem dar o devido crédito. Este livro, apaixonado e apaixonante, abre uma janela para todos que querem descortinar o mundo, entre eles historiadores, antropólogos, sociólogos e jornalistas.

O Físico: A epopeia de um médico medieval

Unindo ampla pesquisa histórica com imaginação vívida e descrições precisas, o norte-americano Noah Gordon conta os primórdios da medicina neste romance histórico magistral, um clássico de enorme sucesso que há anos recebe reimpressões sucessivas no catálogo da Rocco e chega agora às livrarias em nova edição, com capa dura e novo projeto gráfico. O protagonista é Robert Jeremy Cole, um homem com o dom quase místico da cura e com uma paixão: aprimorar seus conhecimentos da ainda incipiente medicina. Obcecado em contrariar as forças da morte e da doença na Inglaterra do século XI, Cole abandona o obscurantismo da Europa medieval rumo ao esplendor do Oriente, onde despontam as primeiras descobertas dessa ciência fascinante que teima em desafiar Deus.

A origem e o retorno

As obras de Avicena contribuíram decisivamente para o estabelecimento definitivo da filosofia árabe. A origem e o retorno é um escrito independente e pouco conhecido, uma das primeiras obras a conter elementos essenciais da metafísica de Avicena. Numa exposição lógico-metafísica, Ibn Sina quer mostrar nesta obra o itinerário da alma humana desde a sua chegada ao mundo dos corpos até o seu retorno ao Criador Altíssimo. Os argumentos apresentados por ele falam da existência de seres possíveis por sua essência e de seres necessários por intermédio de outros seres, e de um Ser Necessário por si mesmo, por sua própria essência, ou seja, Deus, cujos atributos são longamente detalhados por esse filósofo. A obra culmina na indicação que Ibn Sinafaz da verdadeira felicidade que o ser humano pode atingir, bem como do verdadeiro sofrimento ao qual o homem está sujeito. Estão presentes nesta exposição elementos de filosofia e da religião muçulmana que o nosso filósofo sempre tenta aproximar, pois, para ele, uma não exclui a outra - as duas se complementam.

Intrigas no Reino de Allah

Há dez anos, em 2013, a Folha de São Paulo estampava a manchete: "Clérigo brasileiro xiita que estudava no Irã é deportado". Do anonimato, o jovem de 27 anos passou a ser objeto de curiosidade e perseguição.


Primeiro brasileiro a se formar nas rígidas escolas religiosas xiitas do Irã, Rodrigo Jalloul se converteu ao Islã no Brasil e foi convidado a estudar em Qom, onde se formaram as maiores autoridades religiosas do Islã xiita, como os aiatolás Khomeini e Khamenei.

Durante os anos em que esteve no Irã, conviveu com o sheik Mohsen Rabbani — acusado de ser o autor do atentando terrorista à AMIA, em Buenos Aires, em 1994 — e com diversas lideranças religiosas. Envolvido numa ardilosa trama política, passou a trabalhar com o serviço de inteligência iraniano.


Após a deportação, sofrendo boicote da comunidade xiita no Brasil e dos iranianos, Rodrigo foi obrigado a trilhar seu caminho sozinho. Desde a construção de seu Centro Islâmico na zona leste de São Paulo até o reconhecimento de seu trabalho com os moradores de rua — o que o aproximou do padre Júlio Lancellotti —, sempre esteve envolvido em polêmicas.
Em 2021, já reconhecido como liderança religiosa islâmica e defensor dos Direitos Humanos, decidiu revelar como foi sua vida no Irã, sua relação com as lideranças xiitas e os bastidores de sua deportação. Um relato corajoso e com riscos

Palestina - Do mito da terra prometida à terra da resistência

É um trabalho que busca desmistificar o pertencimento da Palestina Histórica aos atuais ocupantes israelenses. Faz um retrospecto histórico contestando a teoria da “terra prometida” e do “povo escolhido”, designações utilizadas pelos israelenses. Demonstra que o conflito não é uma disputa político-religiosa entre judeus e palestinos (cristãos e muçulmanos), mas parte do contexto que se agravou desde que a ONU dividiu a Palestina secular em dois Estados, permitindo a criação do Estado de Israel sem fronteiras definidas, enquanto o Estado palestino continua impedido de se viabilizar. O livro traz um relato do surgimento e da atuação do Movimento de Resistência Islâmica (HAMAS) no cenário político da Palestina. "Quem quer saber sobre a Palestina e a luta de seu povo no enfrentamento contra o sionismo colonialista, tem que ler este livro para descobrir as informações que ainda lhe faltam. Não é uma cartilha mobilizadora para a vingança. É um libelo pela justiça, pelo acatamento de mais de duas centenas de Resoluções da ONU condenando crimes contra a Humanidade cometidos pelas tropas sionistas de ocupação na Cisjordânia e do cerco implacável a Faixa de Gaza.

República Islâmica do Irã - 40 Anos

Em 3 de janeiro de 2020, o mundo acordou com um novo abalo. O presidente Donald Trump havia acabado de autorizar o assassinato do general iraniano, Qasem Soleimani, no Iraque. Sob a justificativa de que ele estaria atuando contra os interesses estadunidenses no Oriente Médio, Trump violou a soberania do Iraque, feriu as normas do Direito Internacional e cometeu um crime inaceitável. A tensão entre Irã e Estados Unidos alcançou um grau tão elevado que a mídia passou a aventar a possibilidade de um conflito mundial. Essa tensão perdura e os próximos passos podem colocar o Oriente Médio em chamas.